Depois de nossa partida de Yosemite estava decidido que iríamos empacotar o Farofamóvel em Los Angeles e enviá-lo de navio para Malásia. O frete é barato porque o navio volta vazio para Ásia e poderíamos pegar um vôo direto, o que é muito importante, no nosso caso. Imagina! Tapa, cachorro doido, extraviado pela Ásia!
Foi aí que lembrei das monções asiáticas. Na época das monções chove muito nessa área. Inundações, desabamentos e muitas mortes acontecem todos os anos, principalmente na India. Eu sabia que terminava em outubro, mas não lembrava quando começava.
Depois de uma pesquisa na internet, veio a má noticia. O carro chegaria em junho, justamente no começo da temporada das monções!
-Pô Ana, vamos pegar as monções no sudoeste asiático. Roubada.
-Putz!
-Vamos dar um tiro pra costa leste e partir para Europa?
-Vamos nessa!
E começou neste dia a nossa jornada de volta para Miami.
Passamos pelo Six Flags, famoso parque de diversões da Califórnia com dezenas de montanhas russas alucinantes...
Passamos por outra “plantação” de geradores eólicos. Dessa vez eram centenas. Lindo!
E chegamos a Phoenix. Uma moderna cidade no meio do deserto do Arizona.
Demos uma pescoçada no centro e partimos para Tucson.
Lá troquei o óleo do motor e o óleo dos diferenciais. O Farofamóvel funciona como um relógio e para continuar assim, a manutenção básica é fundamental.
O maneiro dessas oficinas americanas de troca de óleo é que os caras procuram no computador o óleo adequado para o seu motor e a quantidade exata. O óleo sai do teto e vai direto pro motor por uma mangueira. A quantidade certinha. Não tem essa de medir no olho não.
Fomos visitar o maior cemitério de aviões do mundo. São mais de 4500 aviões estacionados no meio do deserto do Arizona.
É muito impressionante.
Fotos não conseguem passar a dimensão desse curioso lugar.
Só dá para entender, vendo do espaço.
Dê uma navegada nessa foto e choque-se. Tem muito mais aviões no canto superior esquerdo.
Veja esse vídeo que mostra também um pouco.
Os aviões ficam ali no deserto porque o ar seco preserva melhor o equipamento. E boa parte deles voa em perfeitas condições até hoje!
Não tem só aviões. Tem helicópteros também.
Vários!
Tem aviões curiosos com este que foi desenhado para pilotos que tem a cabeça enorme.hehehe
Outros minúsculos que parecem uma abelha.
E até o fantástico Black Bird que parece uma nave do Star Wars!
E passamos por El Paso, uma cidade de fronteira com o México. De cima do viaduto vê-se Juarez de cima. Se cuspir pela janela, o cuspe cai lá no México. É uma pena não poder passar no México. Se descermos para o Panamá, como gostaríamos, fica muito difícil entrar na Europa com o cachorro.
E fomos a Houston. A quarta maior cidade dos EUA.
É ali que está o centro de comando dos vôos tripulados da NASA. No centro espacial estão guardadas todas as amostras de pedras e solo trazidas da Lua. Ali também é o lugar onde todos os astronautas que voltaram da Lua cumpriram seus períodos de quarentena.
Cruzamos viadutos com muitas dezenas de kilometros no meio de mangues super bem preservados...
... e atravessamos o Rio Mississípe até chegar em New Orleans.
Uma cidade que mistura a arrojada arquitetura americana com...
... a rebuscada arquitetura francesa.
New Orleans é uma cidade bohemia, cheia de bares e músicos. Aqui é um dos raros lugares nos EUA onde pode-se beber na rua. A galera aproveita e arrepia. Muitos bares lotados todas as noites.
Chegamos durante o French Quarter Festival e a cidade estava em festa. Sorte a nossa!
No Rio Mississipi tem navios à vapor ancorados.
A cidade já se recuperou da tragédia acorrida em 2005, quando o Furacão Katrina deixou 80% da cidade debaixo d’água, depois que alguns diques que protegiam a cidade cederam. Americano é sabido, e hoje vende o Tour Katrina pros turistas.
New Orlens é uma cidade animada e alegre onde o programa principal é ficar em algum bar maneiro ouvindo uma banda bacana tocar.
Única cidade americana onde passamos, que tem uma arquitetura que lembra um pouquinho o Brasil.
Valeu New Orleans! Até a próxima cerveja!
Comidas e bebidas maneiras |
Aqui se come muito o “Corn Dog”, uma espécie de salsichão envolto por uma massa. Já havíamos passado por ele algumas vezes, mas como nossa jornada pela América está quase no fim, decidimos encará-lo de frente. É bem gostoso, mas é aquela típica comida americana, fritura!
O que temos tentando fugir um pouco, pois já não agüentamos mais comida junkie.
Também temos evitado refrigerantes, mas é só a gente pedir um e olha o tamanho que vem... hehehe. Americanos são, definitivamente, exagerados.
Fomos conhecer a boêmia cidade de New Orleans. Ali as pessoas vão para ouvir boa música, beber e comer. Necessariamente nessa ordem. Aqui vamos falar das comidas. Fomos ao tradicional French Quarter Restaurant, que fica na rua em frente aos cais na própria French Quarter, e pedimos o prato mais pedido dali, o “Crawfish Etoufee”, que são mini lagostas feitas no bafo ao molho de manteiga, ervas e pimenta. São super gostosas e se come com as mãos mesmo, na lambança. As lagostas são até bem grandinhas, mas só se come os rabos que são carnudos e saborosos. Combina super bem com uma cervejinha gelada!
Mas não paramos por aí não, já que só ficaríamos por ali uma noite. Perguntei à moça que nos atendeu qual o principal prato da região e tive uma grata surpresa, “Red Beans and Rice”, ou arroz com feijão vermelho, e ainda por cima servido com uma fatia de pão francês, não negando a influência francesa em toda a região de New Orleans. É claro que ficamos muito felizes e famintos com essa informação e caímos dentro. Sempre tentamos comer comidas típicas e regionais de cada lugar que passamos, pois estamos viajando para conhecer coisas diferentes, mas às vezes uma comidinha que lembre nossa casa cai bem. Vou postando aqui hoje outras cervejinhas que tomamos ao longo da nossa viagem aqui pela EUA:
- Mickey´s, Malt Liquor, Miller: Esta cerveja em forma de granada, tem sua embalagem melhor que o conteúdo. Todas as cervejas nos EUA com teor alcoólico acima de 5% devem ser chamadas de “Malt Liquor”. A Mickey´s contém 5,6%. Não é uma cerveja ruim, mas também nao desce redondo. Apenas bebível.
- Mighty Arrow, Pale Ale, New Belgium: Cerveja de coloração amadeirada com leve toque de mel. Leve e saborosa, combina super bem com queijo com aperitivo. Delicioso aroma.
- Yosemite, Pale Ale, Snowshoe Brewing Co.: Cervejinha super gostosa com alto teor de álcool. Fabricada no norte da Califórnia, e segundo os locais, faz muito sucesso na região.
- Oatmeal Stout, Samuel Smith's: Sabor encorpado, adocicado e com delicioso aroma. Sua cor é como um vinho escuro. DELICIOSA!! Lembra as cervejas típicas de inverno.- The Famous Taddy Porter, Samuel Smith's: Essa cerveja é da mesa fabrica da Oatmea acima. E também é super gostosa e vendida durante todo o ano. Também possui aroma agradável e seu sabor é um pouco mais adocicado que a cerveja acima. Vale à pena experimentar!- Epic Ipa, Mammoth Brewing Co.: Essa cervejinha é vendida somente no inverno e é muito gostosa. Sabor forte e marcante e com leve toque de caramelo. Sua cor é escurecida, mas não totalmente.Se beber, não dirija! Até a próxima semana!!!
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