Lima é a capital e a maior cidade do Peru situada perto da costa do Pacífico. Igualmente foi capital do Vice-Reinado do Peru na época colonial. Lima é também a capital da província de Lima.

Foi fundada por Francisco Pizarro em 18 de janeiro de 1535 com o nome em espanhol de Ciudad de los Reyes (Cidade dos Reis). No entanto, com o tempo persistiu seu nome original, que vem provavelmente do idioma aimará (lima-limaq, ou flor amarela) ou do Quíchua, por causa de seu rio, Rímac. Nos primeiros mapas do Peru se podem ver conjuntamente os nomes Lima e Ciudad de los Reyes. Foi a capital do Vice-Reino do Peru até a independência.

Em 1746 boa parte da cidade foi destruída por um terremoto. Entre 1881 e 1883 foi ocupada pelo Chile durante a Guerra do Pacífico.

Lima tem cerca de 8.4 milhões de habitantes (cerca de um terço da população peruana), e é o centro econômico e político do país, concentrando mais de 70% de sua indústria (as principais são as têxteis, papel, alimentos e tintas) e comércio. Tal crescimento foi produto principalmente do êxodo rural e migração urbana (saindo de cidades menores do país) das últimas décadas, especialmente desde os anos 50 do século XX.

A Grande Lima se estende por mais de 100 km ao longo da costa, abrangendo também o porto de Callao, o principal do país, e compõe-se de 43 distritos. A modernização do comércio nos últimos anos dotou a capital peruana de funcionalidades dignas de qualquer metrópole tais como shopping centers, multinacionais, chegada de grandes marcas, locais de comércio 24 horas que funcionam todos os dias, principalmente nos bairros mais nobres. Por outro lado, a cidade sofre consideravelmente com a poluição, provocada por milhares de veículos, principalmente a frota circulante mais antiga.

Situados no meio da cidade aparecem imponentes monumentos arqueológicos como a Huaca Huallamarca ou a Huaca Pucllana; e no interior de Lima e frente ao mar, está Pachacámac, o santuário pré-inca mais importante da costa, construído no século III d.C. Outro dos grandes atrativos da cidade são suas praias excelentes para praticar esportes aquáticos, desfrutar do sol, ou simplesmente, observar a beleza do Oceano Pacífico.

0 trânsito em Lima é agitado, confuso e sobretudo barulhento, especialmente no centro. Boa parte da bagunça deve-se aos taxistas, buzinando ao mesmo tempo na caça aos pedestres, e aos microônibus, cujos cobradores berram o itinerário pelo caminho. A região central, no entanto, pode (e deve) ser percorrida a pé, entre seus prédios históricos e praças enormes. Importante apenas é ficar bem atento. Esta área não tem uma reputação legal quanto à segurança, devendo-se, portanto, evitar lugares mal iluminados ou à noite, principalmente se estiver sozinho. Outros bairros que podem e merecem ser conhecidos a pé são os distritos de Miraflores e Barranco, junto à costa do Pacífico.

Entre estas áreas e o centro, porém, é necessário tomar algum transporte. Os ônibus que fazem o trajeto, assim como entre todos os bairros da cidade, circulam por tudo, cobrando a partir de s/l. Em Lima, aliás como em quase todas as cidades peruanas, o conceito de "ponto" é bastante vago e os motoristas param basicamente em qualquer lugar onde haja passageiros. Certifique de que o ônibus vai exatamente para o destino desejado para evitar se perder em uma das maiores cidades latino-americanas.

Plaza Mayor Praça onde aconteceu a fundação da cidade de Lima, em 1535, pelo conquistador espanhol Francisco Pizarro. Um orgulho local é que ali estão representados os três principais poderes do Peru: o Governo, pelo.Palácio Presidencial; o Povo, pelo Palácio Municipal; e a Igreja, pela Catedral. No centro, os jardins são impecáveis e por eles passam diariamente milhares de limenhos, seja para conversar, protestar ou apenas apreciar os belos edifícios coloniais que fazem desta uma das mais interessantes praças do país.

Plaza San Martín Localizada no sul do calçadão Jirón de Ia Unión, que se inicia na Plaza Mayor, é uma das principais praças da cidade. Aqui se encontra o primeiro hotel construído em Lima, o Bolivar, e outras construções da época colonial. 0 local é famoso por reunir manifestantes em protestos, que normalmente seguem para a Plaza Mayor. Ao redor, alguns bons restaurantes e várias agências de turismo.

Palacio de Gobierno Foi onde Francisco Pizarro estabeleceu a sua residência no século 16, e desde então tem sido a sede do governo do país. A construção que se vê hoje, ocupando toda a face norte da Plaza Mayor, data de 1921, já que o palácio anterior foi completamente destruído por um incêndio. Seus salões são bastante luxuosos e muito bem decorados, remetendo a diferentes estilos de arquitetura européia. Visitas guiadas em inglês e espanhol podem ser agendadas, nas com um dia de antecedência: vá ao prédio, à esquerda do Palácio, na Jirón de a Unión, no 21 andar, e leve o seu passaporte.

Igreja e Monastério de San Francisco - 0 Monastério abrigou cerca de 50 monges franciscanos por mais de 100 anos desde a sua construção, no início do século 17. Naquela época quase todos os limenhoss eram enterrados em suas catacumbas; hoje, o que se vê ao longo de suas mórbidas galerias são milhares de caveiras e ossos de mais de 25 mil corpos. Uma atração no mínimo curiosa, exceto aos claustrofóbicos. Há também uma biblioteca desativada, daquelas tipo filme de terror, com mais de 20 mil volumes de livros raros. 0 Monastério é um dos melhores exemplos de arquitetura do período em que Lima foi sede do vice-reinado espanhol e uma visita é totalmente merecida.

Monastério de Santo Domingo - A primeira universidade de toda América do Sul, a de San Marco, foi fundada neste prédio, em 1551. Este também foi o primeiro monastério a ser erguido na cidade, no século 16. Sua igreja abriga o altar de San Martín de Porres, o primeiro santo católico negro. Nos arredores do prédio concentram-se boas lojas que vendem artesanato local.

Capela Virgen del Rosário A- Esta pequena capela - e é mesmo minúscula supostamente foi a primeira a ser erguida em Lima, porém ela não aparece em nenhum dos guias locais e poucos sabem de sua existência.  Vale a pena dar uma olhada enquanto ainda é tempo.

Biblioteca Nacional - Bibliotecas sempre são ótimas fontes de informações sobre o local que se visita. Esta foi construída em 1821 e possui o maior acervo do país, além de algumas salas para exposições temporárias e computadores com acesso à internet, pago.

Mirante San Cristobal e Museo -No alto do Cerro San Cristóbal, em 1997, foi construída uma enorme cruz, junto ao mirante e ao museu, que conta com fotos antigas de Lima, além de alguns trajes folclóricos da região. Hoje este é o melhor ponto para observar do alto a imensa cidade. Há duas maneiras de chegar até lá: em ônibus turísticos, que saem do Monastério de Santo Domingo, custam cerca de s/10 e incluem um pequeno city tour, e táxis, que podem levar você direto ao Cerro e retomar ao centro.

Museo de Ia Inquisiclóri C. Junín 548, - A Inquisição na América do Sul durou de 1569 até 1820, quando 2.374 pessoas foram julgadas por praticarem uma outra religião que não o cristianismo, bruxaria ou por uma série de outros .crimes" de caráter religioso. 0 museu conta toda a história dessa instituição, desde sua chegada em Lima até os métodos e instrumentos de tortura por eles utilizados para forçar confissões. Visitas guiadas, inclusive em português, acontecem durante todo o dia.

Museo del Banco Central - Banco Central é dono de uma rica coleção de peças em cerâmica de povos pré-colombianos do Peru, que podem ser vistas em algumas das salas deste moderno museu. Além disso, ainda há uma coleção de moedas do país e uma pequena pinacoteca com obras clássicas e contemporâneas de artistas peruanos.

Museo de Arte - Este museu foi inaugurado em 1961 num belíssimo palacete, e é dedicado a toda a produção artística peruana dos últimos 3 mil anos. Está dividido em quatro setores distintos, cada um apresentando uma determinada época da história artística do país: pré-hispánica, colonial, republicana e contemporânea.

Gran Parque de Lima - encontra-se uma imensa área verde que antigamente servia como um centro de exposições da cidade. Hoje, o Gran Parque de Lima foi inteiramente reconstruído e ganhou um grande espaço para eventos musicais, belos jardins, atrações infantis e alguns cafés e restaurantes. É um dos locais mais visitados pelos limenhos e suas famílias durante os finais de semana. Um bom lugar para "esticar" depois de uma visita ao Museo de Arte