Nesta semana permanecemos ancorados em Miami esperando o carro.

Um lugar engraçado onde as pessoas conversam entre si em línguas diferentes. É normal ver um cara fazer uma pergunta em inglês e receber a resposta em espanhol e vice versa. No final todo mundo se entende com impressionante facilidade.

Miami é uma cidade bonita a noite. Cheia de coisas maneiras para se fazer.

Ela fica toda colorida e iluminada.

Estamos começando a achar Miami Beach menos sem graça. A areia é branquinha de tão limpa e a água é azul transparente, não menos limpa. Todos os canais que cortam a cidade são limpos e transparentes. É incrível, mas aqui, ninguém cospe no prato que come (ou caga na água que nada).

Americano gosta de carros grandes...

... muuuuuito grandes. Chega ser bizarro.

Em falar em carro, esse é um equipamento essencial aqui. Tudo é longe, mas as rodovias são autoramas lindos, com elevados embolados como miojo.

Existem poucos ônibus públicos, mas os que tem são bacanas e com wifi. É bom parar do lado deles no sinal para baixar os emails... hehehe. São os roteadores sobre rodas.

Tem também uns bondinhos que andam em trilhos elevados. Mas americano gosta mesmo é de andar no seu próprio carro.

Aqui é a cultura do VIRE-SE. Não sabe mexer na bomba de gasolina? Não tem frentista? Não sabe como passar o cartão na bomba e abastecer? "Foda-se, se vira!"  E se você perguntar como é que faz, neguinho vai te achar um índio Waimi- Atroari (a gasolina custa a metade do preço do Brasil).

Serviços primários e simples são todos automatizados. Nos hotéis, nas lavanderias, nos restaurantes, nos serviços de entrega; o que se vê é mão de obra enxuta. Um cara fazendo sozinho o serviço de vários da forma mais prática possível. A praticidade é a base da ordem nos EUA.

Nesta semana passamos por um tornado aqui, mas não vimos nada. Foi tranqüilo. Mas furacões e tornados não são novidade pros moradores de Miami.

A cidade toda é decorada com as obras do artista brasileiro Homero Britto. Sua arte é exibida em canteiros, entrada de shoppings, topo de prédios, fachadas de museus e muitos outros lugares.

Fomos em um shopping-marina bem maneiro cheio de restaurantes e lojas chamado Bayside. Dali saem os passeios de barco pelos canais da cidade.

Fomos também no Aquário de Miami ver o lendário golfinho Flipper!

Vimos um show muito bacana dos golfinhos.

Fiquei envergonhado de ver os bichos... uns tinham 40 anos de idade! Dando aqueles pulos lindos, super altos! E eu que nem tenho isso, estou tomado uns 6 remédios por dia...

Para eu poder furar fila em banco só falta a bengala e a dentadura, porque cabelo branco eu já tenho.

Golfinho é um animal lindo. Você pode nadar com eles, mas custa a "bagatela" de 199 dólares por pessoa.

Olhando de perto golfinho parece um extra terrestre. Esse é o bicho mais inteligente depois do ser humano.

Depois deste show fomos para outra piscina bem maior.

Lá estava o Flipper!

Ele é tooooodo bonachão. Gordaço, a única manobra que o vagabundo fez foi sair da água e ficar de barriga em cima de um tapete de borracha. Mais nada!!! Porra Flipper!!!

Enquanto isso seus secretários e dubles levavam as apresentadoras no bico...

... surfavam de bodyboard e davam pulos milagrosos.

Vimos um leão marinho muito sacana também. Depois que terminou o show, ele não queria ir embora. Só foi depois que a adestradora pagou a propina de 4 peixões. Esse leão marinho, eu tenho certeza, deve ter vindo da América do Sul.

Ali tinham os peixes bois, que aqui se chamam de Manatees. Na Ilha de Itamaraca, no Brasil, da para vê-los no Projeto Tamar também.

E no final vimos o show mais impressionante, o da baleia orca. Ela fez várias acrobacias e jogou muita água nos visitantes.

O show terminou, todo mundo foi embora e ficamos na beira da piscina viajando na baleia. Que animal lindo! Enorme e inteligente, aquela pele brilhante branca e preta era de hipnotizar.  Nós ficamos ali, babando, olhando para ela. Ela veio pertinho da gente, olhou para mim como se me reconhece-se, mas viu que se enganou e triste, foi lentamente pro fundo.

Aquela piscina enorme é absurdamente pequena para aquele bicho. Nosso coração ficou apertado, porque atrás daquele show lindo existe um animal mágico, confinado e solitário.

-Tá na hora de fechar – disse um guarda para a gente.

Antes de voltar pro hotel passamos no Mac Donalds, que é o rango mais barato por aqui. Tem uns burgers de 50 centavos na quarta e sábado e de 1 dólar todo dia! Estou comendo tanto Mac Donalds que estou até soltando uns Mac Peidos.

Chegando ao Mac Donalds tinha um caminhão de bombeiros parado e uns 3 carros de policia. Será que uma ocorrência gravíssima tinha acontecido? Que nada! Uma criança de 4 anos escorregou e fez um machucadinho mínimo do tamanho de uma unha... quanto exagero!

-Pô Gustavo, vendo aqueles shows no aquário fiquei com saudade do nosso “golfinho”.

-Quando chegar no hotel vou ensinar novas proezas pro nosso golfinho fedorento.

Comprei um disco para ele e fomos pro estacionamento brincar. Mas nosso golfinho veio com defeito de fabricação, tomou o disco da minha e o destruiu em menos de 3 minutos. Terminava ali o nosso treinamento de pulos fantásticos.

Fomos no Museu de Artes Eróticas em South Beach. Lá tinham quadros como o dos 3 porquinhos fazendo trenzinho, Cinderela de sacanagem com os 7 anões, Peter Pan assistindo o strip da Sininho...

... Pavões, Perus e bichos que não entendi direito... e muitas outras artes eróticas...

... e umas mulheres segurando um globo que dava para ver onde estávamos e de onde partimos.

Aproveito para fazer um adendum do diário anterior. O Miami Ink continua funcionando em uma loja perto da antiga que aparece na TV. Lá dentro vimos o carequinha Ami terminar uma tatuagem.

Fomos no Canal onde saem os barcos e os Transatlânticos de Miami...

Ficamos ali curtindo ...

O fedorento gostou do passeio...

...eu também...

... e a Ana também.

Deu para filmar um bocado.

Aqui existe um lugar para pegar saquinho e limpar o coco do cachorro. No Rio teve isso nos anos 90, mas infelizmente não existe mais, acho que é por causa do vandalismo carioca. Uma pena.

O Tapa aproveita as viagens de carro para fazer a tradicional esculhambação no banco de trás.

Mas deixa ele...no próximo diário ele volta para a caçamba do Farofamóvel.

Comidas e bebidas maneiras

Fazer dieta nos EUA é uma questão de sobrevivência... com a variedade e enorme quantidade de restaurantes e lanchonetes “porcarias”, é difícil resistir a tentação e a facilidade da comida “fast food”, mas nossa saúde fala mais alto.

Comemos esses dias no Mac Donalds um sanduba muito gostoso chamado “Snack Wrap Grilled”, ainda não tem Brasil. Ele vem na forma dos famosos “wraps”, e é feito com peito de frango grelhado e saladinha, e o melhor de tudo que é super barato, US$ 1,49.

Sou fanática por um programa chamado “Pesca Mortal” que no Brasil é transmitido pelo Discovery Channel. Nele uns pescadores arriscam-se em mares violentos em busca dos melhores caranguejos do mundo, os chamados “crabs”. Esses crabs são famosos por causa da dificuldade em pescá-los e por seus preços hiper salgados. Na Ocean Drive, todos os dias, das 16 às 19hs rolam promoções em alguns restaurantes, e seus cardápios ficam cerca de 20% mais barato e as bebidas você toma uma e ganha outra, estratégia para atrair turistas como nós.

E fomos nessa atrás dos “Crabs” e achamos por um preço não tão salgado. Neste restaurante onde comemos o “Chef” é brasileiro! Começamos comendo uma “crabs soup”, DELICIOSA!!! Um creme à base de ervas com muito caranguejo!

Depois da entrada, partimos para o prato principal, “King Crabs from Alaska”. Este prato vem com 4 pernas de caranguejo, arroz amarelo e um molho de manteiga para acompanhar. É um prato super gostoso e que vale muito a pena experimentar, principalmente se você achar uma “promoçãozinha” como a que nós achamos.

Continuando nossa incessante busca pelas melhores cervejas do mundo (na verdade, no momento só eu estou nesta busca, rs), provei a “Miller Lite”... não gostei não. É uma cervejinha muito levinha e com gosto de nada, rs!

Em outro dia, só para quebrar a rotina, bebi a deliciosa “Corona Extra”, mexicana, a qual já falei em outro diário e que também tem no Brasil. Aqui nos EUA eles não colocam limão como no Brasil e em outros países. E quando fui pedir um para colocar dentro da garrafa, o garçom estranhou bastante... cada país com sua cultura.

Viajar é isso... viver e aprender os costumes e culturas de cada lugar visitado... e quando possível, adaptar as coisas boas aos nossos costumes também!

Até a próxima!

 

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