Nossa passagem por Morrocoy foi providencial.
Estávamos precisando muito do que Morrocoy tem: paz, mar cristalino e areias bem branquinhas.
Chegamos a Punta Brava e paramos o carro na areia.
Um excelente lugar pra ficar largado na areia e aguardar respostas da lenta e burocrata aduana venezuelana.
Como os arbustos forneciam uma sombra míngua e escassa, ali foi um ótimo lugar para abrirmos, pela primeira vez, nossa barraca mega-master-monster-farofa-camp.
Aquela sombra enorme, na frente daquele mar caribenho, e sol de rachar... fez Tapa sapatear para tomar banho de mar. Era o momento do fedorento dar sua demorada nadada de 5 horas.
E foi ali que o desespero para nadar do Tapa mais uma corda comprida e uma máscara de mergulho resultaram no mais novo esporte do mundo: o Dog Diving. Abaixo segue a minha arte explicativa:
Para praticá-lo você precisa de um cachorro maluco, que nade em direção ao horizonte sem nenhuma pretensão de voltar, uma corda de 5 metros e uma máscara de mergulho com canudo. Se o cachorro que você arrumar for muuuuuuuuuuuuuuito maluco, dá para levar sua mulher junto.
E naquela tarde mergulhamos toda a ilha movidos “a cachorro”. Se não déssemos um basta no Tapa a essa altura estaríamos no meio do Atlântico rumo à Africa.
E a noite que veio em seguida foi inesquecível. Dava para ver a água transparente de noite! Via-se com clareza onde era mais fundo e onde era mais raso. Lindo demais.
Aquela beleza toda merecia o que? Oque? Oque? Oque? Uma cerveja gelada! Claro! E uma picanha na brasa, que aqui se chama tapa de quadril, com alguns chorizos e cebolas. Isso tudo com o Tapa parecendo um bife a milanesa.... Hhuhuuuuuuu !!!!!Farofaaaaaaaaa!!!
Porém aquele bunda-le-le não seria eterno... estávamos ferrados... o parque fecha às segundas e não estávamos dispostos a pagar 300 paus para dormir em hotel. Na rua é perigoso... O que fazer?
E, do nada, estaciona do nosso lado a nossa salvação! Romir, uma venezuelana muito gente fina, que nos ofereceu o estacionamento do seu condomínio para dormirmos! Que maravilha!
E foi lá que conhecemos seus amigos de Mérida e tomamos muitas cervejas juntos. Eu e Ana nos considerávamos “faixa preta” na arte de beber cerveja, mas depois que conhecemos esse pessoal, tivemos que nos auto rebaixar para a faixa marrom. Galera rasteira!
O Condominio Marintusa é de alto padrão.
Duas mega piscinas, tobogã, marina com dezenas de barcos na frente... coisa fina.
Há um mês atrás teve um grande terremoto aqui. Foram 6,4 graus na Escala Richters e arrebentou muitos prédios do condomínio. O Marintusa ficou bem danificado e está com rachaduras com mais de um palmo de largura. Diversos operários estão consertando os danos no momento. Depois deste terremoto houveram mais 57 mini tremores. E isso não tem nem 1 mês !
Fomos conhecer a praia de Chichiriviche um pouco mais ao norte.
Passamos por um mangue com milhares de flamingos. Todos rosinhas... eram muitos!
E chegando lá o Tapa escapou novamente... preciso abrir uma relação no site de escapadas do fedorento. Esse neguinho tá foda!
Depois de uma busca de 1 km, volto com o fedorento correndo todo feliz e vejo a Ana conversando com um pessoal em uma Kombi vermelha. Era o casal de argentinos Juan e Martina do site Amerika en Kombi. Quando cheguei Juan falava com o irmão ao celular, um repórter, que disse via fone que “éramos muito conhecidos no Brasil”. Que Maneiro!
Casal gente fina demais. Saíram de Buenos Aires e viajaram toda a costa do Brasil para chegar aqui. Cruzaram a Amazônia e devem ir até o México. Aqui, o Clube de Fanaticos por Kombis está dando a maior moral pros caras. Fora do Brasi Kombi é considerado um carro clássico, já que é muito dificil consegui-lo. Só o Brasil fabrica Kombis até hoje.
Esta semana combinamos de acampar juntos em alguma praia linda. Espero poder revê-los.
Semana que vem conto mais!
Comidas e bebidas maneiras |
Em toda a Venezuela existem lanchonetes “fast food” por todos os cantos ... Mc Donalds, Burger King, Wendys ... mas não são apenas 5 em cada cidade não, são no mínimo de 10 a 20. Impressionante!!!! E todos sempre lotados... achamos que devido ao alto preço de tudo por aqui os venezuelanos preferem comer umas “porcarias”. E a gente, claro, acabou aderindo também... por causa da correria dos últimos dias e do preço. Mas como também somos filhos de Deus e merecemos umas “especiarias” de vez em quando, na paradisíaca praia de Punta Brava, no Parque Nacional de Morrocoy, experimentamos algumas delícias do mar que são vendidas por lá e por incrível que pareça não são caras em comparação as demais comidas. Por todo o parque passam vendedores ambulantes oferecendo mariscos, “quiguas”, ou caracóis do mar, e outras maravilhas. Experimentamos primeiro as fabulosas "quiguas" com bastante limão. O sabor é bem parecido com sururu. Excelente aperitivo!
Depois caímos dentro de uma mistura de molho de mariscos, camarões, lulas ... tudo isso a base de limão, vinagre e salsinha. É perfeito para comer puro ou com um pãozinho ... e, claro, acompanhado por uma cerveja bem gelada.
E por falar nela, provamos outra gelada por aqui chamada Solera. É uma cerveja leve, mas saborosa. Perfeita para um dia de muito sol.
Uma coisa tem nos chamado muita atenção na Venezuela... as pessoas bebem muito (bebidas alcoolicas hehe). Bebem demais, demasiado, muitíssimo... não temos palavras para definir o quanto esse povo bebe. Mas eles não bebem apenas uma cervejinha não, é vodka, gim, uísque, licor, rum... tudo isso misturado e mais um pouco. Em todo canto existem as disputadíssimas “licorerias”, e nelas você encontra todas as bebidas que imaginar, menos cerveja :( Essa semana vai nosso agradecimento especial a Romir, nossa nova amiga venezuelana que nos acolheu de braços abertos em sua casa!!! Valeu Romir!!! |